sexta-feira, 15 de março de 2019

Funcionários de cemitério são detidos após derrubar ossadas humanas em rodovia

Caso ocorrido na PE-15, em Paulista, no Grande Recife, é investigado pela polícia como crime ambiental. Após prestar depoimento na delegacia do município, eles foram liberados.

Ossos humanos caíram de um caminhão caçamba na pista da rodovia PE-15 — Foto: Polícia Militar/Divulgação


Três funcionários do Cemitério Campo Santo São José, em Paulista, no Grande Recife, foram detidos e levados à delegacia do município após ossadas humanas caírem de um caminhão na rodovia PE-15. O caso ocorrido na quarta (13) foi divulgado nesta quinta (14) pela Polícia Militar (PM) e é investigado como crime ambiental.

Segundo a PM, moradores da região informaram à corporação que havia sacos pretos com ossos humanos espalhados pela rodovia. Uma equipe da Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma) foi acionada e, ao chegar ao local, encontrou um caminhão da prefeitura enviado para recolher o material.

Os funcionários afirmaram que alguns sacos haviam caído do caminhão, que estava repleto de outros sacos contendo ossos humanos. Eles disseram, ainda, que estavam fazendo o traslado das ossadas até o cemitério, onde eles seriam enterrados.

A Cipoma deteve os três homens e os levou à Delegacia de Paulista. Eles foram liberados após prestarem depoimento.

Ossada caiu de caminhão em Paulista, no Grande Recife — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Segundo o comandante da Cipoma, major Sérgio Souza, a Polícia Civil abriu um inquérito, por meio de portaria, para investigar o crime de poluição que possa causar danos à saúde humana, previsto na Lei de Crimes Ambientais.

"O transporte dos ossos, em si, não estava adequado, por causa do tipo de veículo usado, que foi um caminhão caçamba. Mas não foram encontrados indícios suficientes para subsidiar algum crime por isso. Entretanto, o fato de terem deixado os ossos caírem no chão, causando, inclusive, espanto de quem passava pelo local, configura crime ambiental", diz o major.

Por meio de nota, a prefeitura de Paulista informa que as ossadas faziam parte de um volume não resgatado pelos familiares após dois anos e um dia, como determinado pela lei. A administração afirma, ainda, que os servidores envolvidos no caso prestaram os "devidos esclarecimentos sobre o fato ocorrido e, na sequência, foram liberados".

O G1 entrou em contato com a Polícia Civil para repercutir o caso e aguarda resposta.


Blog Fazenda Nova Online
Fonte: G1 PE

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