Segundo Conselho Regional de Odontologia, que fez operação com a polícia, três laboratórios foram interditados.Em consultório regular, estudante do 2º período se passava por profissional formado.
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Ação do Conselho Regional de Odontologia flagrou laboratórios clandestinos de próteses dentárias em Olinda, no Grande Recife — Foto: CRO/Divulgação
Uma fiscalização realizada pelo Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco (CRO-PE) e pela Delegacia do Consumidor resultou na prisão em flagrante de quatro pessoas que praticavam ilegalmente o exercício da profissão de dentista. As ações ocorreram no Recife e em Olinda.
De acordo com o conselho, durante a operação, foram descobertos três laboratórios clandestinos de próteses dentárias. A delegacia informou que essas ações ocorreram em Olinda
No Recife, um estudante de odontologia do segundo período praticava ilegalmente a profissão, em um consultório odontológico regular. As ações aconteceram na terça (14) e foram divulgadas nesta quarta (15).
O conselho disse que os laboratórios se encontravam em péssimas situações sanitárias. "Você fica sem entender como uma pessoa tem coragem de ser atendida lá. O laboratório era clandestino, era escondido. Tinha tipo uma cadeira de dentista só para as pessoas sentarem para fazer o molde e as peças. Como se fosse uma oficina escondida”, afirmou o presidente do CRO-PE, Eduardo Vasconcelos.
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Imagem registrada em um dos laboratórios clandestinos fiscalizados pelo CRO-PE na terça-feira (14) — Foto: CRO-PE/Divulgação
Os três laboratórios de próteses ficam no bairro de Peixinhos, em Olinda, no Grande Recife. O consultório odontológico irregular se localiza no bairro da Tamarineira, na Zona Norte da capital pernambucana. Segundo o presidente do CRO, os locais não tinham vínculos.
“O conselho recebeu as denúncias das pessoas e pacientes afetados e fez os processos de fiscalização e inteligência. A operação resultou na prisão dos três indivíduos do laboratório de prótese e do estudante que se passava por dentista”, afirmou Vasconcelos.
Ainda segundo ele, os quatro não possuíam passagem pela polícia e foram liberados da delegacia após assinarem um termo circunstanciado. A Delegacia do Consumidor confirmou as informações.
De acordo com o CRO, as três pessoas encontradas nos laboratórios eram dois técnicos de prótese dentária e um outro indivíduo sem formação.
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Local clandestino onde eram feitas próteses dentárias no bairro de Peixinhos, em Olinda, no Grande Recife — Foto: CRO-PE/Divulgação
No consultório odontológico, além do estudante, havia um dentista regularizado que também foi encaminhado à delegacia para prestar esclarecimentos. Vasconcelos esclareceu que o local não foi interditado.
Riscos
De acordo com o presidente, um dos maiores riscos oferecidos aos pacientes que se consultam com esses profissionais é a contaminação cruzada.
“O paciente que vai ser atendido antes pode ter hepatite ou qualquer outra doença e a pessoa posterior corre o risco de sofrer um processo de contaminação cruzada por causa disso”, afirmou.
“Sem contar o risco da cirurgia em si, do processo de tratamento em si, ser feita de maneira errada e o paciente ter algum processo hemorrágico ou alguma infecção bacteriana pelas condições de higiene do local”, disse o presidente.
Vasconcelos também ressaltou a importância das denúncias feitas pela população, que podem ser realizadas pelo WhatsApp.
“Os denunciantes são sempre anônimos, porque são pacientes, pessoas que podem conhecer o denunciado e para protege-los a gente mantem em anonimato. É importante que a população saiba os canais de denúncia, como o WhatsApp no número (81) 98835 1214, pode ser uma denúncia com foto, localização, um pequeno texto”, declarou.
G1 PE
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