quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

atuar como dentistas de forma ilegal durante ação em laboratórios clandestinos e em clínica irregular

Segundo Conselho Regional de Odontologia, que fez operação com a polícia, três laboratórios foram interditados.Em consultório regular, estudante do 2º período se passava por profissional formado.

Ação do Conselho Regional de Odontologia flagrou laboratórios clandestinos de próteses dentárias em Olinda, no Grande Recife — Foto: CRO/Divulgação

Uma fiscalização realizada pelo Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco (CRO-PE) e pela Delegacia do Consumidor resultou na prisão em flagrante de quatro pessoas que praticavam ilegalmente o exercício da profissão de dentista. As ações ocorreram no Recife e em Olinda.

De acordo com o conselho, durante a operação, foram descobertos três laboratórios clandestinos de próteses dentárias. A delegacia informou que essas ações ocorreram em Olinda

No Recife, um estudante de odontologia do segundo período praticava ilegalmente a profissão, em um consultório odontológico regular. As ações aconteceram na terça (14) e foram divulgadas nesta quarta (15).

O conselho disse que os laboratórios se encontravam em péssimas situações sanitárias. "Você fica sem entender como uma pessoa tem coragem de ser atendida lá. O laboratório era clandestino, era escondido. Tinha tipo uma cadeira de dentista só para as pessoas sentarem para fazer o molde e as peças. Como se fosse uma oficina escondida”, afirmou o presidente do CRO-PE, Eduardo Vasconcelos.

Imagem registrada em um dos laboratórios clandestinos fiscalizados pelo CRO-PE na terça-feira (14) — Foto: CRO-PE/Divulgação

Os três laboratórios de próteses ficam no bairro de Peixinhos, em Olinda, no Grande Recife. O consultório odontológico irregular se localiza no bairro da Tamarineira, na Zona Norte da capital pernambucana. Segundo o presidente do CRO, os locais não tinham vínculos.

“O conselho recebeu as denúncias das pessoas e pacientes afetados e fez os processos de fiscalização e inteligência. A operação resultou na prisão dos três indivíduos do laboratório de prótese e do estudante que se passava por dentista”, afirmou Vasconcelos.

Ainda segundo ele, os quatro não possuíam passagem pela polícia e foram liberados da delegacia após assinarem um termo circunstanciado. A Delegacia do Consumidor confirmou as informações.

De acordo com o CRO, as três pessoas encontradas nos laboratórios eram dois técnicos de prótese dentária e um outro indivíduo sem formação.

Local clandestino onde eram feitas próteses dentárias no bairro de Peixinhos, em Olinda, no Grande Recife — Foto: CRO-PE/Divulgação

No consultório odontológico, além do estudante, havia um dentista regularizado que também foi encaminhado à delegacia para prestar esclarecimentos. Vasconcelos esclareceu que o local não foi interditado.

Riscos

De acordo com o presidente, um dos maiores riscos oferecidos aos pacientes que se consultam com esses profissionais é a contaminação cruzada.

“O paciente que vai ser atendido antes pode ter hepatite ou qualquer outra doença e a pessoa posterior corre o risco de sofrer um processo de contaminação cruzada por causa disso”, afirmou.

“Sem contar o risco da cirurgia em si, do processo de tratamento em si, ser feita de maneira errada e o paciente ter algum processo hemorrágico ou alguma infecção bacteriana pelas condições de higiene do local”, disse o presidente.

Vasconcelos também ressaltou a importância das denúncias feitas pela população, que podem ser realizadas pelo WhatsApp.

“Os denunciantes são sempre anônimos, porque são pacientes, pessoas que podem conhecer o denunciado e para protege-los a gente mantem em anonimato. É importante que a população saiba os canais de denúncia, como o WhatsApp no número (81) 98835 1214, pode ser uma denúncia com foto, localização, um pequeno texto”, declarou.


 G1 PE

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