terça-feira, 25 de agosto de 2020

Secretário diz que volta às aulas presenciais em Pernambuco não deve passar de outubro

Fala do secretário de Educação de Pernambuco, Fred Amancio, foi referente às escolas públicas do Estado, mas pode refletir numa decisão para a rede privada


Aulas presenciais nas escolas de Pernambuco estão suspensas pelo menos até 31 de agosto - FOTO: YACY RIBEIRO/ JC IMAGEM


O secretário de Educação de Pernambuco, Fred Amancio, afirmou, nesta segunda-feira (24), que a volta às aulas presenciais na rede pública do Estado não deve passar de outubro, o que pode refletir, também, no retorno das unidades privadas. Ao lado dos responsáveis pela pasta em São Paulo e no Espírito Santo, durante o evento online Summit Educação Brasil 2020, realizado pelo Estadão, ele defendeu que o retorno aconteça ainda neste ano para evitar prejuízos sociais, emocionais e de aprendizado para crianças e adolescentes durante a pandemia de coronavírus.

Segundo Amancio, a volta às aulas presenciais nas escolas públicas de Pernambuco "não deve ultrapassar outubro, tendo em vista os prejuízos para os estudantes". "Nas periferias, a maior parte dos jovens não está mais em casa. Será que não estariam mais protegidos na escola?", questionou.

O secretário pernambucano cobrou ainda uma coordenação nacional no planejamento da retomada. "Em outros países, sabemos que o governo nacional afeta a visão (geral) do país. As mudanças constantes do Ministério da Educação não ajudam. Depois de tanto tempo sem coordenação nacional, ficou difícil resgatar esse processo."

Retomada gradativa e prioridade para o 3º ano do Ensino Médio


"Terceiro ano do Ensino Médio é quem tem que voltar primeiro. Primeiro porque eles são os mais velhos, então têm mais condições de cumprir protocolos. Segundo, eles não têm o próximo ano. É o último ano deles. Em janeiro têm Enem, SSA, e são esses os que estão mais ansiosos, com mais problemas de depressão", relatou o secretário. Durante o debate, o secretário também ponderou que existem riscos sociais que devem ser avaliados e que podem ocorrer caso as atividades nas escolas não retornem ainda este ano, como a evasão escolar.

"A discussão é que existem riscos, sim, da retomada e existem riscos também de você não retomar. A gente já tem uma parcela de crianças e jovens que estão sendo infectadas. Temos uma população muito vulnerável, que não necessariamente o ambiente mais seguro é em casa", completou.

Segundo Amâncio, algumas séries poderiam ter o retorno facultativo, com a continuidade das atividades de forma remota, e que o processo deve ser voluntário, podendo as escolas, públicas ou privadas, mostrarem se têm ou não condições de retornar.


Fonte: JC

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