"A gente vê uma curva muito aguda, que causa colapso no sistema de saúde, quando não ha nenhum isolamento. O que aconteceu aqui é que a curva achatou e, ao mesmo tempo, a capacidade do sistema de saúde foi ampliada. Quando esse comportamento acontece, é inevitável que haja ondas de diminuição e ondas de novos aumentos de número de casos por um período estimado talvez em meses, enquanto houver pessoas suscetíveis na sociedade. É evidente que não se consegue manter todo isolamento rígido por um período tão prolongado. Portanto, essas medidas de distanciamento, acompanhadas com um olho nos dados epidemiológicos, outro no tensionamento do sistema de saúde é o que vai dar equilíbrio para que a gente evite um efeito rebote”, explicou o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia.
"A gente imagina que possa haver uma nova onda de casos. É verdade, essa nova onda pode acontecer, mas estaríamos melhor preparados no sistema de saúde e também no comportamento das pessoas, com uso de álcool em gel, máscaras, medidas de higiene… Essa nova onda depende de nós e do nosso comportamento hoje. O distanciamento e o isolamento social são o principal”, completou.
O Governo do Estado elaborou um Plano de Convivência das Atividades Econômicas com a Covid-19, no qual prevê uma retomada das atividades de forma gradual, ao longo de 11 semanas. A programação original, no entanto, já sofreu alterações, com a antecipação do serviço de drive-thru nos comércios de shopping centers, que começou a valer na segunda-feira (8), além da retomada de alguns serviços de saúde, a partir desta quarta (10). Um comitê analisará os dados epidemiológicos ao término de cada semana para determinar se esse plano dará passos adiante ou atrás, podendo, inclusive, haver determinação de novo período de isolamento rígido, se necessário.
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