sábado, 22 de outubro de 2022

Doze bandidos são presos por sequestrar funcionários de banco e parentes; Artefatos explosivos eram amarrados a crianças', diz delegado

Segundo polícia, criminosos participaram de, ao menos, nove investidas em Pernambuco, Com eles, foram apreendidos uniformes das polícias e armas, além de explosivos.

Polícia civil investiga quadrilha suspeita de sequestrar funcionários de bancos

Doze suspeitos de sequestrar funcionários de bancos e seus familiares foram presos em Pernambuco. Segundo a Polícia Civil, a organização fez, ao menos, nove investidas para extorquir dinheiro de instituições financeiras. Criminosos ameaçavam vítimas nos cativeiros. "Artefatos explosivos eram amarrados a crianças", disse o delegado Paulo Berenguer.

A quadrilha foi alvo da Operação Shoes Off, deflagrada na quinta (20). Nesta sexta (21), a polícia repassou detalhes das ações, durante coletiva de imprensa, no Centro do Recife.

Durante a operação, a polícia cumpriu 12 dos 13 mandados de prisão expedidos pela Justiça. Um dos investigados ainda está foragido. As equipes também cumpriram 14 mandados de busca.

Montagem com arma de fogo e cartuchos de projéteis encontrados em cativeiro de grupo criminoso — Foto: Divulgação/PCPE

Foram apreendidos uniformes das Polícias Federal (PF) e Civil, além da Receita Federal. Com os presos, havia armas, munições e explosivos, bem como celulares e rádios para comunicação interna.

Com o uso dos artefatos, os bandidos forçavam os funcionários dos bancos a pegar o dinheiro das instituições para pagar os resgates dos familiares.

"Todo esse material apreendido foi reconhecido pelas vítimas dos sequestros", declarou o delegado Paulo Berenguer.

As investigações, segundo a polícia, começaram em 2021, depois de um sequestro ocorrido em Garanhuns, no Agreste pernambucano.

Camisa falsa da Polícia Federal usada por integrantes de grupo criminoso — Foto: Divulgação/PCPE

Na quinta, os policiais prenderam o vigilante de uma chácara que era usada como cativeiro. "Foi uma estratégia da investigação. A prisão do foragido é uma questão de tempo", declarou o policial.

Na entrevista coletiva, o delegado Rodolfo Cartaxo informou que a quadrilha tinha um padrão de atuação, repetido em todos os crimes.

"Eles são especializados em extorsão mediante sequestro de funcionários de instituições financeiras. Começaram a praticar os crimes em 2019", afirmou.

O primeiro passo da quadrilha, de acordo com com o delegado, era escolher o alvo da ação. Assim , a organização ficava monitorando o funcionário do banco e a rotina dos seus familiares.

Os bandidos escolhiam o melhor momento para fazer a abordagem. Após o sequestro, levavam as vítimas e os parentes para um cativeiro.

Chácara na Zona Rural de Agrestina era utilizada como cativeiro por grupo criminoso em Pernambuco — Foto: Divulgação/PCPE

"As vítimas e as famílias eram mantidas nos cativeiros por, pelo menos, uma noite. No dia seguinte, o funcionário era liberado e levado ao banco para retirar os valores para entregar para a quadrilha", disse o delegado.

Ainda segundo Cartaxo, o crime era praticado, geralmente, por quatro pessoas. 'Uma parte ficava com os parentes nos cativeiros Eram filhos e esposas dos funcionários dos bancos. A outra parte ia com o trabalhador retirar o dinheiro", afirmou.

Armas, munições, celular e rádios comunicadores apreendidos em cativeiro de grupo criminoso investigado pela Polícia Civil — Foto: Divulgação/PCPE

O policial afirmou que, durante a noite, no cativeiro, os parentes dos funcionários do banco eram ameaçados. "Eram ameaças psicológicas, com armas de fogo e explosivos", acrescentou.

O delegado disse, ainda, que a polícia investiga, agora, a participação dessa quadrilha em crimes semelhantes praticados em Alagoas e na Paraíba.


Por g1 PE

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