Crime ocorreu porque um dos suspeitos queria ter um relacionamento amoroso com a vítima, diz polícia. Foi apreendida uma arma com oito munições, algumas delas com veneno.
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Polícia apresentou detalhes da prisão de suspeitos de matar adolescente em Olinda — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Depois de quatro anos, a polícia prendeu dois homens suspeitos de terem matado a adolescente Sandy Evellyn Costa Bezerra, assassinada aos 14 anos em Olinda. O corpo dela foi encontrado no Canal Lava-Tripas, no bairro de Sapucaia, um dia depois de ela desaparecer ao sair para ir à igreja em 2015. As prisões foram divulgadas nesta quarta-feira (18) em coletiva de imprensa no Recife.
Segundo o delegado Augusto Cunha, titular da 9ª Delegacia de Homicídios, um dos homens, José Henrique Gonçalves de Santana, de 25 anos, foi preso em março por tráfico de drogas. O outro, Wallyson Wendel Feitosa de Araújo, de 22 anos, foi preso em flagrante na terça-feira (17).
"A todo o tempo, a Polícia Civil esteve em diligências. O conjunto de provas coletadas ao longo desses anos nos permitiu afirmar com convicção que Wallyson e José Henrique foram os autores do crime. O crime foi passional. José tinha a intenção de ter um relacionamento amoroso com Sandy e ela não tinha interesse. Temos, no inquérito, diversas tentativas dele de se aproximar dela e, não sendo correspondido, praticou o crime", afirma o delegado.
A polícia diz, ainda, que os homens atrapalharam as investigações, ameaçando testemunhas. Eles foram presos temporariamente. Essa modalidade de prisão dura 30 dias, mas pode ser prorrogada pela Justiça. A retirada do corpo de Sandy do canal foi feita pelos bombeiros.
No momento da prisão, uma arma com oito munições foi encontrada com Wallyson. Segundo o delegado André Luna, alguns dos projéteis tinham veneno.
"Duas munições tinham veneno. Ele mesmo confessou que colocou veneno. Disse que já comprou [as munições] assim, mas muito dificilmente isso aconteceria. O veneno estava ali para aumentar o potencial lesivo daquela munição. A vítima atingida pelo disparo, se não morrer pelo disparo, tem um veneno que entra na corrente sanguínea. Ele até entrou nesses detalhes e confessou", declara.
Os dois homens chegaram a informar à polícia que não se conheciam, mas a investigação descobriu que eles usavam drogas juntos. Um celular, que pertencia à vítima, ajudou a polícia a chegar na dupla.
"O celular da vítima não foi encontrado no corpo e a gente, fazendo o rastreio do aparelho, conseguiu identificar que ele [Wallyson] atuou no sentido de ocultar esse celular", diz Augusto Cunha.
Blog Fazenda Nova Online
Fonte: G1 PE
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