quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Novo salário mínimo provoca impacto em programas sociais; entenda

O salário mínimo vai passar a valer R$ 1.621, em janeiro de 2026, como foi anunciado, nesta quarta (10), pelo governo federal, com impacto em seguro desemprego, BCP e PIS/Pasep

Dinheiro, Real Moeda brasileira (José Cruz/Agência Brasil)

O salário mínimo vai passar a valer R$ 1.621, em janeiro de 2026, como foi anunciado, nesta quarta (10), pelo governo federal.

Isso significa um aumento de R$ 103 em relação ao valor atual, que é de R$ 1.518. Com a mudança, benefícios e programas sociais corrigidos pelo salário mínimo também devem sofrer impacto.

Veja quais:

Abono salarial PIS/Pasep

Esse é um benefício pago anualmente a trabalhadores da iniciativa privada (PIS) e a servidores públicos (Pasep) que trabalharam durante ao menos 30 dias do ano-base (dois anos antes) e que receberam até dois salários mínimos por mês.

Em 2026, o pagamento do abono deve variar entre R$ 135,08 a R$ 1621, considerando o novo salário mínimo e de acordo com a quantidade de meses trabalhados.

Em 2026, essas regras de pagamento desse benefício também vão mudar, conforme o pacote fiscal aprovado pelo Congresso no fim de 2024.

A meta é reduzir os gastos públicos e direcionar o programa aos trabalhadores de menor renda.

Benefícios do INSS

É o valor pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social para proteger o trabalhador e sua família e casos de aposentadoria, doença, acidente, maternidade ou morte.

Os valores pagos pelo INSS passam por reajuste anual, que são corrigidos pela inflação e pelo novo salário mínimo.

Com o aumento, aposentados e pensionistas passam a ter um valor maior no benefício — o que também amplia a margem para crédito consignado.

Quem recebe o piso do INSS (salário mínimo) passará a receber R$ 1.621 em 2026, por exemplo.
BPC

Ele é pago a idosos e pessoas com deficiência em situação de extrema pobreza. O valor mensalmente um salário mínimo para idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência de qualquer idade que comprovem não ter meios próprios de se sustentar nem auxílio da família.

Em 2026, o valor passará a ser R$ 1.621 e começará a ser pago no início de fevereiro, já que o reajuste é válido para os salários ou benefícios referentes a janeiro.

Seguro desemprego

É a ajuda financeira paga a quem trabalhava com carteira assinada e foi demitido sem justa causa.
Também pode ser recebida por quem teve o contrato pausado para fazer curso de qualificação, por pescadores no período em que a pesca é proibida (defeso) e por pessoas resgatadas de situações semelhantes à escravidão.

A tabela foi atualizada, este ano, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Em 2025, os trabalhadores que têm direito ao benefício recebem entre R$ 1.528 e R$ 2.424,11. Os novos valores foram estipulados com base no INPC, que acumulou alta de 4,77% em 2024, e no último reajuste do salário-mínimo.

Com o valor do novo salário mínimo e o que determina a lei, o seguro-desemprego não pode ser inferior ao salário mínimo vigente, que em 2026 será de R$ 1.621. Assim, se o cálculo resultar em um valor menor, o beneficiário recebe R$ 1.621.

Cadastro Único

Os governos usam o CadÚnico para regular quem ganha Bolsa Família, BPC e vale-gás.
Com a alta no salário mínimo, os valores que permitem a inscrição no CadÚnico também devem subir para:
Renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa (R$ 810,50);

Famílias com renda acima desse valor podem ser cadastradas para participar de programas ou serviços específicos.

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