quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Hacker é preso em Pernambuco por vazar dados do youtuber Felca e acessar sistemas sigilosos


Um hacker de 26 anos foi preso nesta terça-feira (16), em Pernambuco, por invadir sistemas governamentais e vender dados para criminosos em todo o Brasil. Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, ele repassou dados para um homem preso em agosto, também no estado, por ameaçar o youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca.

A prisão foi realizada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, em parceria com a Polícia Civil de Pernambuco. O criminoso, que não teve o nome divulgado, é apontado como "pilar técnico" de uma quadrilha nacional de invasão de sistemas informáticos, estelionato eletrônico e falsificação de documentos.

O homem foi capturado em Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco.

O homem preso em Pernambuco, chamado pela polícia de "a fonte", havia dito em conversas que tinha acesso a diversos sistemas sigilosos do poder público. Esses dados eram vendidos para intermediários, que, por sua vez, criavam painéis de consultas ilícitas a esses dados.

"A fonte" também disse que:

extraiu o sistema de busca de ativos do Poder Judiciário (Sisbajud) e enviou uma imagem de uma pasta de arquivos em nuvem com 2,56 terabytes de dados, destacando um arquivo compactado de 460 gigas;

Nesse arquivo, segundo o criminoso, havia 239 milhões de dados de chaves PIX de pessoas de todo o país;

Afirmava ter obtido dados em massa de veículos e de segurança pública do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp);

Dizia acessar um dos mais sensíveis sistemas de inteligência do país e chegou a enviar imagem dizendo que tinha acesso a investigações de fraudes bancárias, reconhecimento facial e de voos domésticos e internacionais da Polícia Federal.

Na operação, também foram presos dois intermediários, um no Rio Grande do Norte, responsável por criar uma plataforma de vendas em grupos de conversa, e outro em São Paulo, que usava os dados para aplicar fraudes contra médicos gaúchos.

Essa é a terceira fase da investigação, iniciada após ataques a médicos no RS. A ação mobilizou mais de 50 policiais civis nos três estados e cumpriu três mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão.

A PF destacou que foi possível mapear toda a cadeia criminosa: da extração dos dados (PE), à revenda (RN) e execução das fraudes (SP).

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