quarta-feira, 30 de outubro de 2019

18 anos sem o construtor do Maior teatro ao ar livre do Mundo, Plínio Pacheco



Gaúcho de Santa Maria, Plínio Pacheco tinha formação em comunicação pela Força Aérea Brasileira (FAB), mas gostava de dizer que era jornalista. Chegou à Fazenda Nova em 1956, a convite do então diretor e ator Luiz Mendonça, que na época, interpretava o papel de Jesus no espetáculo da Paixão de Cristo. A peça era representada nas ruas da pequena vila, distrito do município de Brejo da Madre de Deus, com a participação de camponeses, de pequenos comerciantes locais e também de alguns atores e técnicos que atuavam nos teatros de Recife.



Plínio conheceu Diva Mendonça, filha mais nova de Epaminondas Mendonça, criador do espetáculo nas ruas da vila. Plínio e Diva casaram-se, e com o tempo, foram se envolvendo cada vez mais com a produção e coordenação da encenação da Paixão de Cristo.

Em 1962, Plínio Pacheco teve uma ideia. Na verdade, um grande sonho, um sonho de pedra. Plínio vislumbrou a construção de uma réplica de Jerusalém em pleno coração do agreste pernambucano. O lugar, assim como a antiga Judeia, possuía muitas rochas, vegetação rasteira, clima semi-árido e o espaço de terra escolhido para se levantar a cidade-teatro era emoldurado por montanhas.

Em 1963, os cenários começaram a ser erguidos num espaço de 100 mil metros quadrados, equivalente a 1/3 da área murada da Jerusalém da época de Jesus. Plínio Pacheco não só idealizou e construiu a obra em pedra e concreto, mas, também, uma obra literária.

Em 1967, escreveu o texto da peça teatral “Jesus” que seria encenado pela primeira vez em 1968 em Nova Jerusalém já com seus palácios e muralhas iniciados. 45 anos depois, a cidade-teatro, que a cada ano ganha novas intervenções para melhorar as condições de encenação do espetáculo e o conforto do público, já recebeu mais de 2,5 milhões de pessoas, vindas dos quatro cantos da terra para assistir ao mega-espetáculo da Paixão de Cristo.

Assim escreveu seu filho Robinson Pacheco.




A saudade é matadeira .
Sentindo no meu peito.
Faço tudo para esquecer , mas não encontro jeito.
Essa dor me mata , 
essa dor machuca , 
aí que desalento .
Mesmo que eu queira , ela não me sai do pensamento.
Que saudade matadeira , que sinto no meu peito .
Faço tudo para esquecer, mas não encontro jeito.
18 anos sem convivencia com meu  amigo e pai , que se hoje aqui estivesse, estaria completando 93 anos .

Deus o tenha em um bom lugar.


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