domingo, 8 de outubro de 2023

Mulher arremessada por brinquedo, no parque Mirabilandia, reage após duas semanas em coma

 
Dávine começa a apresentar discretos sinais de recuperação, mas ainda enfrenta quadro delicado de saúde (Reprodução/Redes Sociais)

Um sinal de esperança para a família de Dávine Muniz Cordeiro, de 34 anos, que foi arremessada de um brinquedo no parque Mirabilandia, localizado no bairro de Salgadinho, em Olinda. Já assinalando 16 dias do acidente, a professora começa a despertar do quadro de inconsciência, sendo vista, neste domingo (8), abrindo os olhos e realizando pequenos movimentos com as mãos. Após entraves judiciais com a gestão do estabelecimento de lazer, para a obtenção de sua transferência e melhores condições para o tratamento médico, ela segue em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de um hospital particular no bairro da Ilha do Leite, na área central do Recife.

“É um cenário que acende bons sentimentos na gente. Já há alguns dias, ela vem em uma curva de melhora significativa, conforme nossa conversa com os médicos. Quando o pai e a mãe falam, ela escuta e chora, também mexe as pernas um pouco. É o início da resposta a alguns estímulos, bem diferente de como ela se encontrava antes”, explica o administrador de empresas, Ricardo Lima, de 51 anos, que é primo de Dávine e tem acompanhado de perto todo o processo.

Após a grave queda do equipamento, que tem o título de "Wave Swinger", a docente precisou passar por cirurgias no braço, procedimentos do segmento bucomaxilofacial, descompressão da cabeça e drenagem de coágulos. Além disso, foi submetida a uma intervenção cirúrgica para verificar a temperatura e pressão craniana. “Vamos introduzindo, aos poucos, algumas informações do cotidiano para tentar animá-la. A gente fala no nome dos amigos, colocamos músicas da playlist que ela mais gosta e, assim, ela aperta a nossa mão”, revela o parente, admitindo que a situação ainda é muito preocupante.

De acordo ele, após a saída de Dávine do Hospital da Restauração, há menos de uma semana, o parque de diversões não teria realizado mais qualquer contato com os familiares. “Quando uma pessoa querida está mal, toda a família adoece junto. Sob muita dificuldade, eles chegaram a depositar um valor referente as despesas básicas, como alimentação diária, transporte e tudo que tivemos que suprir sozinhos, naqueles primeiros dias tão difíceis. Passado isto, não sinalizaram mais nenhum suporte”, critica Ricardo. Segundo o primo da professora, todos estão focados em sua recuperação. “O maior propósito é vê-la bem, conseguindo sair dessa. Só então vamos decidir como será o próximo passo sobre este caso”, completou, agradecendo as mensagens de carinho e intercessões que ela tem recebido.

Ao Diario, a direção do Mirabilandia informou que acompanha com satisfação a melhora no estado de saúde, apesar da proibição do acesso aos boletins médicos. A empresa rechaçou a versão da família e disse que não é verdade a alegação de falta de apoio, ressaltando que o parque está custeando todo o tratamento, de acordo com as necessidades hospitalares, tendo cumprido, ainda, com suporte financeiro, oferta de acompanhamento médico e psicológico. O parque afirmou, ainda, que os representantes da vítima optaram por judicializar e, havendo novas demandas, estas deverão ser discutidas no curso do processo, que transcorre em segredo de justiça.


Fonte: Diário de Pernambuco

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