Homem foi autuado em flagrante por corrupção passiva. Empresário denunciou que servidor do Crea-PE cobrou R$ 1 mil para não aplicar auto de infração de R$ 7 mil.
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Dinheiro foi apreendido pela Polícia Federal ao revistar fiscal do Crea-PE, no Recife — Foto: Divulgação/PF
Um fiscal do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE) foi preso em flagrante suspeito de receber dinheiro para não aplicar multa em uma obra. A prisão aconteceu no Recife, logo após o empresário que denunciou o caso pagar R$ 400, orientado pela Polícia Federal.
O caso foi divulgado nesta quarta-feira (13). O fiscal teria vistoriado uma obra em Olinda e relatado ao responsável que havia irregularidades. Somadas, elas resultariam em multas no valor de R$ 7 mil, segundo o relato à PF.
Para que não fosse feito o auto de infração, o fiscal teria exigido a quantia de R$ 3.500 do empresário, que alegou não ter o dinheiro. Com isso, o acordo firmado foi de R$ 1 mil, dividido em duas parcelas de R$ 500, apontou o denunciante.
O empresário, que atua no ramo de manutenção predial, procurou o Crea-PE. Junto com um representante do órgão fiscalizador, ele procurou a Polícia Federal, já que o cargo de fiscal do Crea é federal.
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Sede da Polícia Federal, localizada no Cais do Apolo, na região central do Recife — Foto: G1/Arquivo
O encontro foi marcado para um estabelecimento comercial na Avenida Norte. O servidor do Crea pegou o dinheiro e, ao sair do local, foi abordado pelos policiais, que confirmaram a propina ao identificar as notas de dinheiro. Além dos R$ 400 marcados, a equipe apreendeu R$ 1.600 em espécie e dois celulares.
Em interrogatório na sede da PF, o fiscal afirmou que trabalha no Crea há 19 anos e que, na realidade, o empresário havia oferecido a quantia em dinheiro. Ele alegou, ainda, que só aceitou receber R$ 1 mil "com a condição de que fosse promovida a regularização das irregularidades detectadas", segundo nota da Polícia Federal.
O servidor do Crea foi autuado em flagrante por corrupção passiva. Caso seja, condenado poderá pegar penas que variam de 2 a 12 anos de reclusão, além de multa. O fiscal passou por audiência de custódia e vai responder o processo em liberdade, ficando à ficando a disposição da Justiça Federal. O nome dele não foi divulgado.
O G1 tentou contato com o Crea, mas não conseguiu até a última atualização dessa reportagem.
Blog Fazenda Nova Online
Fonte: G1 PE
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