quinta-feira, 25 de maio de 2017

Tricampeão! Bahia bate o Sport e volta a conquistar a Copa do Nordeste após 15 anos

Edigar Junio marca o gol da partida, que conta com mais de 40 mil pagantes. Sport tem Rogério expulso ainda no primeiro tempo
O JOGO
Fazia tempo. Muito tempo. As fotos que serviam de lembrança já estavam até desbotadas. Em 2002, o Bahia conquistou pela última vez a Copa do Nordeste. E, na noite desta quarta-feira, 15 anos depois, redescobriu a sensação de ter nas mãos o título da principal competição regional do país. Na Arena Fonte Nova, o Tricolor bateu o Sport por 1 a 0, com gol marcado por Edigar Junio, e muita festa nas arquibancadas. O público pagante foi de 40.739 pessoas, com renda de R$ 1.620.453,50.
PRIMEIRO TEMPO
O Sport precisava balançar as redes para sair da Fonte Nova com o título da Copa do Nordeste. Mas a inércia do time contrastava com a necessidade pelo resultado. Com pouca articulação, a equipe pernambucana encerrou a primeira etapa sem exigir ao menos uma defesa do goleiro Jean. O Bahia, a quem o empate sem gols bastava, foi o oposto e colecionou chances. Aos 12 minutos, abriu o placar com Edigar Junio, que recebeu passe de Armero, enganou a marcação e encobriu Magrão. Régis quase ampliou e Edigar Junio acertou a trave. A situação para o Leão da Ilha não era boa e ficou ainda pior quando Rogério simulou um pênalti e foi expulso.
SEGUNDO TEMPO
Para tentar tornar o Sport mais agressivo, Ney Franco substituiu Raul Prata por Marquinhos. Mas foi novamente o Bahia quem conseguiu criar oportunidades. Edigar Junio chegou a marcar, mas o lance foi anulado por impedimento do atacante. Magrão foi o responsável por evitar o gol de Régis, que ganhou na velocidade e chutou forte. Pouco tempo depois, o goleiro foi decisivo mais uma vez, ao fazer grande defesa em chute de Edigar Junio. O primeiro chute do time pernambucano só ocorreu aos 26 minutos, com Everton Felipe. Na base do abafa, o Rubro-Negro ainda tentou chegar ao empate, mas foi pouco para um time que mostrou pouca ambição e organização desde os instantes iniciais. 
NEY FRANCO
Ney Franco não é mais técnico do Sport. Ele não resistiu à derrota para o Bahia na final da Copa do Nordeste e foi demitido, nesta quarta-feira, do comando do Leão. Sua passagem pelo clube demorou menos de dois meses.
A informação, antecipada pelo GloboEsporte.com, foi confirmada pelo vice-presidente de futebol do clube, Gustavo Dubeux, depois da partida.
- Quero agradecer Ney Franco pelo dia a dia. Pelas dificuldades que teve, ele fez um bom trabalho. Mas entendemos que era a hora de fazer a substituição. Entendemos que ele teria um clima difícil para continuar no comando técnico do Sport e decidimos mudar.
Quem assume, interinamente, é Daniel Paulista. O Sport vai, agora, atrás de um treinador para o restante da temporada. 
As críticas sobre Ney Franco já estavam muito fortes na Ilha do Retiro. Apesar de, até então, o treinador ter conseguido se classificar em cinco mata-matas e ter colocado o Leão em duas finais (Pernambucano e Copa do Nordeste), a torcida não perdoava o desempenho do time. 
MELHOR DO NORDESTE APÓS 15 ANOS
Time de melhor campanha do Nordestão 2017, o Bahia voltou a conquistar o torneio regional 15 depois de levantar a taça da competição. O último título nordestino do Tricolor havia sido conquistado em 2002, diante do Vitória. O troféu de 2017 é o terceiro da equipe baiana. 
O GOL
Mais uma vez, Edigar Junio entrou em campo para ser a referência no ataque do Bahia. O camisa 11, que sofreu uma lesão no pé ainda durante a pré-temporada, fez a alegria da torcida ao marcar o gol que abriu o caminho para o título. Homem de confiança de Guto Ferreira, Edigar chegou ao quarto gol na temporada. 
PRA QUÊ ISSO, ROGÉRIO?
Em um intervalo de menos de dez minutos, Rogério recebeu dois cartões amarelos e deixou o campo da Arena Fonte Nova. A expulsão veio após o atacante simular um pênalti, quando o Sport já perdia por 1 a 0, e era dominado pelo Bahia. Com uma menos, o time pernambucano ficou em situação ainda mais delicada dentro do jogo. 
QUE FESTA
A festa na Arena Fonte Nova foi digna de final de campeonato. Antes da bola rolar, o hino nacional, tocado pela banda Psirico, foi acompanhado pela torcida do Bahia. O mosaico com os anos dos títulos brasileiros do Bahia enfeitou as arquibancadas. No intervalo, foi a vez da cultura nordestina tomar conta do estádio, com frevo, forró e bumba meu boi.

Blog Fazenda Nova Online / Nova FM 
Fonte: Globo Esporte

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