domingo, 19 de outubro de 2025

AVC mata uma pessoa a cada 6 minutos no Brasil; internações custaram quase R$ 1 bilhão em 6 anos

O AVC ocorre quando os vasos sanguíneos que irrigam o cérebro entopem ou se rompem, interrompendo o fluxo de sangue e causando a paralisação da área afetada Foto: Freepik

O acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame, continua entre as principais causas de morte e incapacidade física no mundo. No Brasil, uma pessoa morre a cada 6,5 minutos em decorrência da doença, segundo levantamento da consultoria especializada em gestão de saúde e custos hospitalares Planisa.

Entre 2019 e setembro de 2024, o sistema de saúde brasileiro registrou 85.839 internações por AVC, com média de 7,9 dias de permanência por paciente. O período somou mais de 680 mil diárias hospitalares, das quais 25% ocorreram em unidades de terapia intensiva (UTI) e 75% em enfermarias.

O custo acumulado com as internações chegou a R$ 910,3 milhões, sendo R$ 417,9 milhões em diárias críticas e R$ 492,4 milhões em diárias não críticas. Apenas em 2024, até setembro, os gastos já ultrapassavam R$ 197 milhões.

Os dados indicam um crescimento expressivo das despesas e do número de internações. Entre 2019 e 2023, os custos quase dobraram, de R$ 92,3 milhões para R$ 218,8 milhões, acompanhando o salto nas hospitalizações, que passaram de 8.380 para 21.061 no mesmo período.

O que é o AVC

De acordo com o Ministério da Saúde, o AVC ocorre quando os vasos sanguíneos que irrigam o cérebro entopem ou se rompem, interrompendo o fluxo de sangue e causando a paralisação da área afetada. O problema é mais comum entre homens, e a rapidez no diagnóstico e tratamento é determinante para evitar sequelas.

Entre os sintomas de alerta estão confusão mental, dificuldade na fala e compreensão, perda súbita da visão, dor de cabeça intensa sem causa aparente, tontura, desequilíbrio, fraqueza ou formigamento em um lado do corpo.

O diagnóstico é feito com exames de imagem, especialmente a tomografia computadorizada de crânio, que permite identificar a área atingida e o tipo de AVC, isquêmico (causado por obstrução) ou hemorrágico (provocado por rompimento de vasos).

Os fatores de risco incluem hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, sobrepeso, obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool, idade avançada, sedentarismo, uso de drogas ilícitas e histórico familiar, além do sexo masculino.

O Ministério da Saúde reforça que o atendimento rápido é essencial: quanto menor o tempo entre o início dos sintomas e o tratamento, maiores são as chances de recuperação e menores os riscos de sequelas permanentes.

Fonte: Agência Brasil.

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