Grupo fazia falsos boletins de ocorrência de assaltos e desviava itens como eletroeletrônicos, eletrodomésticos e alimentos que seriam entregues em Alagoas e Sergipe.
Da esquerda para a direita: delegados João Paulo, da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas; Paulo Dias, gestor adjunto da Diretoria Integrada Especializada da PCPE; e Paulo Berenguer, do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais — Foto: Polícia Civil/Acervo
Uma quadrilha que desviava cargas de grande valor transportadas de centros de distribuição de mercadorias em Pernambuco para outros estados do Nordeste foi desarticulada pela Polícia Civil na quarta (19). Os grupo montou um esquema para, a partir de falsas comunicações de assaltos durante o transporte dos produtos, desviar os itens que depois eram revendidos.
Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão. Segundo o delegado João Paulo de Andrade, da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas, a investigação começou em setembro de 2023 e envolvia o roubo de eletroeletrônicos, eletrodomésticos e também alimentos de grandes redes de varejo.
“Eles registravam boletins de ocorrência falsos: ou com a narrativa falsa do crime, ou documentos inventados, no estado para onde as mercadorias estavam sendo transportadas, dizendo que o assalto tinha acontecido em Pernambuco. Só que no percurso entre o centro de distribuição e o destino, eles desviavam a rota e descarregavam os caminhões em galpões, onde os itens eram armazenados e comercializados”, contou o delegado.
Também segundo João Paulo de Andrade, o esquema envolvia motoristas de caminhão. Um mesmo motorista chegou a registrar cinco boletins de ocorrência com falsa comunicação de crime. Em apenas uma das cargas, o valor total das mercadorias era de R$ 1 milhão.
A polícia identificou duas rotas utilizadas pela quadrilha para praticar o desvio das mercadorias: os caminhões saíam do Cabo de Santo Agostinho – dos centros de distribuição e seguiam para o interior de Alagoas e para Sergipe, para serem vendidos no comércio informal.
“Os mesmos veículos eram usados para desviar as cargas. Agora vamos iniciar uma segunda fase da investigação para identificar os valores roubados e os envolvidos na etapa de receptação dos produtos e lavagem de dinheiro”, completou o delegado de Roubos e Furtos de Cargas.
Por g1 PE
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