Segundo a polícia, quadrilha achava que vítima estava dando apoio para a polícia contra traficantes
A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) detalhou, em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (18), toda a dinâmica adotada por um grupo de traficantes para matar o empresário Rafael Gonçalves Lima, 34 anos, dono do posto de combustíveis durante o carnaval de Olinda deste ano.
O caso ficou conhecido como "papangu assassino". É que o homem que efetuou cinco tiros na vítima vestiu essa fantasia típica da folia pernambucana.
Segundo a polícia, o matador era um militar do Exército, cooptado pela quadrilha.
De acordo com o delegado que presidiu as investigações, Francisco Océlio, o crime foi encomendado por um grupo de nove traficantes da favela V8, no Varadouro, em Olinda.
O investigador afirmou que os traficantes se sentiam ameaçados pela vítima, uma vez que ela oferecia o estabelecimento como ponto de apoio a várias equipes das Polícias Civil e Militar.
Ainda segundo o delegado, o assassino, no dia do crime, esteve quatro vezes no estabelecimento para poder identificar a vítima e estudar o local para se evadir após o crime.
Imagens de câmeras de segurança mostram que o criminoso chegou em frente ao posto pilotando a própria moto, por volta das 10h30, e só às 15h30 praticou o homicídio.
O militar do Exército, que está preso, pela execução da vítima, não teve o nome divulgado. Ele foi um dos primeiros a ser capturado pela polícia, no dia 12 de abril.
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