Segundo Yuri Romão, o Sport já deu entrada nas documentações legais junto aos órgãos responsáveis para o trâmite seja concluido
Yuri Romão, presidente do Sport (Foto: ARNALDO SETE/DP)Prestes a completar uma semana dos ataques com bombas feitos por uma torcida organizada do Sport ao ônibus do Fortaleza, o presidente do clube, Yuri Romão, disse que romperá ligações com o grupo.
"Nossa diretoria elaborou um plano de ação para começar a coibir determinadas situações. Obviamente, focado na torcida organizada mais violenta que temos aqui no Sport. Estamos seguindo alguns ritos que precisam ser feitos. Inclusive, oficiando a Secretaria de Defesa Social (SDS), o Ministério Público, o Comando Geral da Polícia Militar, a Polícia Civil. Todos esses órgãos estão sendo oficiados com as medidas que vamos tomar contra essa torcida", disse Yuri Romão.
Segundo a apuração do Diario de Pernambuco, entre as ações previstas estão a proibição do uso de faixas, bandeiras e roupas do referido grupo na Ilha do Retiro. Um comunicado deve ser divulgado à imprensa ainda nesta semana detalhando as ações efetivas.
"Estamos seguindo o caminho certo. Porque a gente não queria esses órgãos soubessem através da imprensa as decisões que nós estamos tomando. Assim que eles derem o ‘recebido’, nós vamos divulgar na imprensa o que foi decidido", complementou.
Membros da Torcida Jovem tiveram abertura para conversar com os jogadores do Sport em novembro de 2023 (Foto: REPRODUÇÃO)
Vale lembrar que, em novembro do ano passado, nas vésperas da partida contra o Atlético-GO, pela Série B, membros desta mesma torcida uniformizada tiveram passe livre para entrar no CT do Sport e conversar com o elenco, com o aval da diretoria rubro-negra.
No mesmo mês, a Polícia Civil de Pernambuco deflagrou a operação "Camisa 12", com o intuito de identificar e desarticular crimes contra a propriedade intelectual e de sonegação fiscal praticados pelas três principais torcidas organizadas do Trio de Ferro - Sport, Náutico e Santa Cruz.
Mesmo sendo considerados extintos pela justiça, os grupos ainda usavam de CPF de membros e também CNPJ de empresas laranjas, visando comercializar produtos não autorizados e falsificados sem a emissão de nota fiscal. Como a ação da Polícia quebrou a base da pirâmide financeira das torcidas, elas encontraram uma forma de "burlar o sistema", realizando a troca dos seus respectivos CNPJ e nomes fantasia.
Sem nenhum impedimento jurídico, os grupos não só ganharam o respiro para voltar a comercializar seus materiais, como ganharam carta branca para voltar a exibi-los dentro dos estádios sem qualquer restrição. Com este rompimento anunciado por Yuri Romão, a tendência é que estas ações sejam interrompidas.
"Aqui em Pernambuco, nos três grandes clubes, temos três torcidas muito violentas. Ficou provado no clássico de sábado, bem como no jogo de Caruaru (Central x Santa Cruz), que essas torcidas não estão preocupadas com o futebol. Então, isso passou a ser um problema social", finalizou Yuri.
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