Uma análise nas amostras de água coletadas na Praia de Boa Viagem, no Recife, confirmou a presença da maré vermelha no local. A observação do material foi feita pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), que monitora a praia desde terça-feira (20), quando surgiram manchas na água do mar.
As manchas foram identificadas na altura do Edifício Equinócio, na Avenida Boa Viagem, ao lado da Vila da Aeroáutica. Segundo o CPRH, elas se deslocam por conta do movimento das correntes marítimas. "Os resultados confirmaram que a mancha é uma floração de dinoflagelados, um grupo diversificado e com espécies potencialmente produtoras de toxinas", informou a agência por meio de nota.
A maré vermelha também foi identificada, no dia 6 de fevereiro, nas praias de Candeias e Piedade, em Jaboatão dos Guararapes. O fenômeno natural foi visto pela primeira vez neste ano na Praia de Tamandaré, em Ipojuca, onde 300 banhistas chegaram a relatar sintomas como dor de cabeça, náuseas e vômito.
A Secretaria de Saúde alerta que banhistas e frequentadores de praias fiquem atentos ao odor e à coloração da água do mar. Se a água estiver vermelha e com cheiro forte, os banhistas devem evitar o banho.
O que é a maré vermelha
A maré vermelha ocorre quando há um aumento excessivo de algas que liberam ou não toxinas no mar. Este fenômeno é percebido através da superfície da água pelo odor e formação de manchas avermelhadas, alaranjadas, amareladas ou acastanhadas.
Este fenômeno costuma ocorrer quando há elevação da temperatura, salinidade, excesso de nutrientes, entre outros fatores, como a liberação de esgoto doméstico nas praias.
As pessoas que frequentam a praia durante a maré vermelha podem ter sintomas como enjoo, diarreia, irritação e secura nos olhos, além de falta de ar.
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