sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Em um ano, nenhuma criança nasceu em 35 cidades de Pernambuco


Não nasceu ninguém em 35 municípios pernambucanos e no Arquipélago de Fernando de Noronha em um ano inteiro (veja lista abaixo). Longe de demonstrar que a taxa de natalidade dessas cidades está caindo, o dado reflete a realidade de diversas cidades do estado onde não há estrutura para atendimento obstétrico e ginecológico.

O levantamento, feito pelo Tesouro Nacional a pedido do g1, analisou 50% de todos os atendimentos do Sistema Único em Saúde (SUS) no estado em 2021, ano dos dados consolidados mais recentes. O Tesouro faz esse tipo de análise para acompanhar onde e de que forma os recursos públicos são aplicados.

A ausência de casas de parto e maternidades faz com que as gestantes residentes no estado precisem viajar até centenas de quilômetros para realizar alguns procedimentos do pré-natal e também para dar à luz. Mais da metade das pernambucanas deu à luz em uma cidade diferente da que vive, no período analisado.

Em Pernambuco, em 2021, não nasceu ninguém nos seguintes municípios:

Abreu e Lima
Araçoiaba
Bezerros
Brejinho
Buenos Aires
Calumbi
Carnaíba
Chã de Alegria
Ferreiros
Igarassu
Itamaracá
Ingazeira
Itapissuma
Joaquim Nabuco
Maraial
Moreilândia
Moreno
Palmeirina
Paulista
Poção
Primavera
Quixaba
Rio Formoso
Salgadinho
Santa Maria do Cambucá
Santa Terezinha
São José da Coroa Grande
Tacaimbó
Terra Nova
Timbaúba
Tracunhaém
Verdejante
Vertente do Lério
Vicência
Xexéu

Os dados do Tesouro Nacional mostram 52.835 atendimentos relacionados a partos e obstetrícia a mulheres residentes em Pernambuco. Foram 32.205 partos de mulheres residentes no estado, das quais 16.179 (50,25%) precisaram ser deslocadas de município para parir.

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