quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Há 10 anos, o Brasil perdia um dos mais significativos cantores da música popular: Reginaldo Rossi


Há 10 anos, o Brasil perdia um dos mais significativos cantores da música popular: Reginaldo Rossi (1944-2013). A sua figura, contudo, permanece viva no imaginário coletivo, seja pela estátua em área boêmia do Centro do Recife, pelo título de Patrono do Brega pela Assembleia Legislativa de Pernambuco, pela homenagem do Galo da Madrugada em 2024 ou por conta das suas movimentadas redes sociais (coordenadas pela família), que já acumulam cerca de 300 mil seguidores.

O seu legado destaca certa ressignificação da expressão "brega", antes pejorativa, e reforça a importância da performance na conquista do público. Quando um cantor de brega segura um microfone sob os holofotes, existe um pouco de Rossi ali. Essa potência, junto com às suas poéticas e temáticas, seguem inspirando artistas em atividade.

Nascido no Recife, Reginaldo Rossi iniciou a carreira inspirado pela Jovem Guarda e pelo "iê-iê-iê" dos Beatles, quando formou a banda The Silver Jets. Já em carreira solo nos anos 1970, a música romântica vai ganhando espaço em sua obra, quando, na década seguinte, consolida-se a estética mais próxima do que identificamos como "brega".

Contudo, a exemplo de outros cantores românticos (como Odair José), Rossi não gostava dessa pecha de brega, até que resolveu abraçar o título. "A expressão vai ser dada de forma pejorativa por quem tem o poder de dizer qual música é boa ou não. Ainda não tínhamos essa ideia do brega enquanto popular, emoções, romantismo e sexualidade", frisa o pesquisador Rafael Andrade, autor do livro "Centenas Casos de Amor: As performances do brega em Reginaldo Rossi".

"Rossi resolveu assumir esse estigma, como se dissesse que o brega não é ruim: 'Veja como o brega é bom, como ele é divertido e interessante'. Em algum momento ele assimila isso e passa ser autoaclamado 'Rei do Brega'.

Fonte: Rádio JC

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