Foto: Reprodução/Polícia Civil
Foi marcado para nesta segunda (27), em Glória do Goitá, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, o julgamento de Edson Cândido Ribeiro, que ficou conhecido como "Lázaro de Pernambuco".
A caçada a Edson durou oito dias e mobilizou policiais e moradores de várias cidades. Ele ficou no meio de uma área escondida, até ser preso.
Ficou conhecido como "Lázaro de Pernambuco" por causa da semelhança com o caso de Lázaro Barbosa, em Goiás, acusado de assassinatos e roubos.
Em 2021, o homem foi morto após ser baleado em Águas Lindas de Goiás, no exato 20º dia de uma megaoperação de buscas que contou com mais de 270 policiais.
Edson é réu no processo por causa de uma série de crimes cometidos no município. Entre eles, o homicídio de Jailma Muniz da Silva.
Ele será julgado por esse assassinato, ocorrido em 2022. O corpo de Jailma foi encontrado a menos de um quilômetro da casa em que a família vivia, na zona rural do município.
Além disso, Edson Cláudio é apontado como autor do assassinato de Kauany Mayara Marques da Silva, de 18 anos.
Moradores encontraram o corpo dela num bueiro, dentro de uma tubulação, numa área em que havia bastante vegetação.
Antes desses crimes, ele ficou preso por mais de 13 anos por causa de estupro e roubos cometidos em duas cidades da região.
Júri popular
O Tribunal do Júri será presidido pelo juiz da Vara Única de Glória do Goitá, Gabriel Araújo Pimentel.
Na sessão, serão arroladas cinco testemunhas para serem ouvidas em plenário, antes da realização do interrogatório do réu.
Logo após, terá início a fase de debates da promotoria, assistente de acusação e defesa.
Ao final, após leitura dos quesitos pelo juiz, o Conselho de Sentença (jurados) dará o veredito, por meio de votação sigilosa. Em seguida, a sentença será proferida pelo Juiz Presidente.
Em relação a Kauany Mayara Marques da Silva, os autos da ação penal em que ela figura como vítima de crime de feminicídio, foram remetidos à instância superior (TJPE - 2° Grau) para apreciação do Recurso em Sentido Estrito, interposto pela defesa do acusado.
O objetivo do referido recurso é reformar a sentença de pronúncia ao júri popular, registrada pelo Juízo do 1° Grau.
O recurso encontra-se sob relatoria de um dos desembargadores do colegiado da 3ª Câmara Criminal do TJPE. Ou seja, ainda não houve julgamento do caso em relação à vítima Kauany Mayara Marques da Silva, pois o réu recorreu da sentença do 1° Grau.
Caso o TJPE (2° Grau) não aceite o recurso e mantiver a decisão de pronúncia do Juízo de 1° Grau, o processo será devolvido à Vara Única de Glória do Goitá para designação da sessão de julgamento do acusado em relação ao homicídio de Kauany Mayara.
Fonte: Diario de Pernambuco
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