PMs entraram na Comunidade do Detran, no Recife, e dois homens foram mortos (Foto: Redes Sociais )
A Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS) vai investigar a conduta disciplinar de forma individual dos nove policiais militares envolvidos na operação que deixou dois homens mortos, na Comunidade do Detran, na Iputinga, na Zona Oeste do Recife.
O caso aconteceu na noite de segunda (20), quando o Batalhão de Operações Especiais (Bope) entrou na comunidade em busca de suspeitos de tráfico de drogas.
As vítimas foram identificadas como Rhaldney Fernandes da Silva Caluete, de 31 anos e Bruno Henrique Vicente da Silva, de 28 anos.
A informação foi confirmada pela SDS, por meio de nota. A pasta informou que já recebeu os autos das prisões em flagrantes dos PMs.
Na terça (21), os nove policiais foram autuados, sendo dois deles diretamente pelas mortes.
Na nota, a Corregedoria- Geral informou que “apura as condutas de policiais civil e militar, além de bombeiros, sob o aspecto disciplinar-administrativo”.
A corregedoria disse que “não formaliza pedidos de prisões nem a autuação em flagrante, sendo essa responsabilidade da Polícia Judiciária”.
Segundo o alto comando da PM, todos vão aguardar uma decisão do Comando-Geral para saber se serão punidos na Polícia Judiciária Militar da PMPE.
De acordo com o diretor adjunto de Planejamento Operacional da PM, Fred Saraiva, em entrevista coletiva à imprensa na terça (21), os policiais militares podem ter prisão administrativa, prisão preventiva, prisão em flagrante ou podem até mesmo ser liberados.
Como foi
Na noite de segunda (20), integrantes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) entraram na comunidade do Detran, na Iputinga, na Zona Oeste da capital, em busca de suspeitos de tráfico de drogas. A operação deixou dois mortos a tiros.
A operação começou por volta das 19h30 de segunda. O alvo seria um homem conhecido como ''gerente'' do tráfico de drogas na comunidade.
Os PMs entraram em uma casa, onde estavam os dois suspeitos. Imagens divulgadas em redes sociais mostram parte dessa operação.
Primeiro, foram retiradas mulheres e crianças da residência. Os dois homens baleados ainda foram socorridos pela PM e levados para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Caxangá, na mesma região, mas não resistiram aos ferimentos.
O caso foi registrado como duplo homicídio ''decorrente de operação policial''.
Ainda segundo informações extraoficiais, os PMs do Bope ''revidaram a agressão'' dos suspeitos. No entanto, de acordo com o diretor adjunto de Planejamento Operacional da PM, Fred Saraiva, nenhum policial militar foi ferido durante a operação.
O caso teria sido enviado para a Corregedoria-Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS) para apurar a conduta dos policiais envolvidos.
Depois da operação, moradores fizeram um protesto e queimaram um ônibus.
O que diz a Polícia Civil
Por meio de nota, a Polícia Civil de Pernambuco informou que registrou, por meio da Equipe de Força Tarefa de Homicídio na Capital uma ''ocorrência de entorpecentes (tráfico), tentativa de homicídio e homicídio decorrente de intervenção policial''.
Segundo relatos, as vítimas fatais, dois homens com 28 e 31 anos, estariam em uma comunidade no bairro da Iputinga, com armas de fogo e entorpecentes, quando foram abordados pelo efetivo local.
''Houve troca de tiros entre as vítimas e o efetivo policial. As vítimas foram socorridas, porém não resistiram aos ferimentos. As investigações seguem até o esclarecimento total do caso'', acrescentou.
Fonte: Diário de Pernambuco
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