quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Pernambuco proíbe eventos com mais de 150 pessoas e avalia fechar praias por causa da pandemia

Com a nova medida, anunciada nesta quarta (6), quantidade de público autorizada cai pela metade. Plano de Convivência com a Covid-19 pode regredir, caso haja desrespeito às medidas de prevenção à doença.

Pernambuco proíbe festas com mais de 150 pessoas e avalia fechar praias

Diante da piora da pandemia de coronavírus em Pernambuco, o governo decidiu diminuir de 300 para 150 o número máximo de pessoas por eventos. Em pronunciamento transmitido pela internet, nesta quarta-feira (6), o secretário estadual de Saúde, André Longo, disse que o estado está avaliando a possibilidade de fechar as praias, caso não sejam cumpridas medidas de prevenção à Covid-19.

André Longo disse, ainda, que, se forem cumpridos os protocolos setoriais para prevenção do coronavírus, como uso de máscaras e higiene das mãos, é possível frear a contaminação no estado. No entanto, a nova medida de redução de público em eventos foi adotada por causa da preocupação em todo o estado.

"A situação é preocupante em todo o estado, do Litoral ao Sertão. Para frear a contaminação, o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 em Pernambuco decidiu reduzir, em todo o estado, a capacidade de realização de eventos para até 150 pessoas", declarou o secretário.

No dia 17 de dezembro, o então secretário de Desenvolvimento Econômico Bruno Schwambach anunciou que o carnaval estava suspenso e que festas e shows, com exceção de eventos como formaturas, batizados e casamentos, estavam proibidas até o fim do período carnavalesco. Nesta quarta, no entanto, André Longo afirmou que essa proibição é válida até o fim de janeiro.

"Shows e festas terão sua proibição prorrogada até o final do mês. Essa proibição abrange festas de qualquer tipo, sejam em restaurantes, barracas de praia, hotéis ou outros estabelecimentos, com ou sem a venda de ingressos", afirmou Longo.

Litoral

Nesta quarta-feira, o governo promoveu uma reunião com os prefeitos de cidades litorâneas. Sem anunciar medidas para prevenção do coronavírus nas praias, pediu que as guardas municipais atuassem nesse trabalho.

No pronunciamento na internet, André Longo afirmou que, se os municípios do Litoral seguirem registrando aglomerações e desrespeito às medidas de prevenção, as praias poderão ser fechadas.

"Nós vamos continuar observando as cenas dos próximos finais de semana, para, inclusive, vislumbrar a possibilidade de regressão do Plano de Convivência com a Covid-19, com restrição do acesso às praias, caso nós não tenhamos sucesso nas intervenções conjuntas entre o governo do estado e as prefeituras", declarou.

Máscaras

Em maio, o governo determinou a obrigatoriedade do uso de máscaras em todo o estado, para prevenir a doença. O decreto, no entanto, é desrespeitado até mesmo por vereadores dentro da Câmara Municipal do Recife, como foi visto durante a posse dos parlamentares, na sexta-feira (1º).

Questionado pelo G1 sobre a falta de fiscalização e sobre a impunidade aos que desrespeitam o decreto, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, disse que o que pode ser feito, atualmente, é a autuação dos locais que não exigem o uso de máscaras. O equipamento, no entanto, precisa ser utilizado até mesmo nas ruas.

"Nós partimos do princípio que as pessoas têm que ter responsabilidade. As pessoas não podem agir ao bel prazer. As pessoas não têm compromisso nem responsabilidade com a saúde pública dos outros. Sendo assim, a nossa determinação, nosso intuito, é de fazer cumprir as medidas. Evidente que empresas, locais de evento, por exemplo, igrejas, onde as pessoas estiverem que não esteja sendo exigido o uso de máscaras, essas empresas e instituições poderão ser multadas", declarou.

Pandemia em Pernambuco

Foram confirmados, nesta quarta-feira (6), mais 1.604 casos e 22 óbitos por Covid-19 em Pernambuco. Com esse acréscimo, o estado passou a totalizar 226.940 infectados e 9.731 mortes causadas pela doença. Do total de confirmações feitas nesta quarta-feira (6), 72 pessoas foram diagnosticadas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Outras 1.532 tiveram diagnóstico da forma leve da doença.

Fonte: G1 PE

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