quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Mala de dinheiro, churrascos e garotas de programa: entenda esquema de propina em presídio pernambucano investigado pela PF

 

Operação La Catedral foi deflagrada nesta terça-feira (25) para desarticular grupo criminoso que atuava dentro de unidade prisional
Uma mala cheia de dinheiro está entre os itens apreendidos pela Polícia Federal durante a Operação La Catedral, deflagrada nesta terça-feira (25) para desarticular um esquema de corrupção dentro do Presídio de Igarassu, no Grande Recife 

Conforme as investigações, policiais penais recebiam propina de detentos em troca de regalias, incluindo churrascos dentro da unidade e entrada facilitada de garotas de programa. 

Segundo a PF, a ação resultou no afastamento de dois servidores. Foram expedidos, ao todo, nove mandados de prisão e 12 de busca e apreensão em sete cidades, além do sequestro de bens dos investigados (saiba mais abaixo). Os nomes e as funções dos suspeitos no esquema criminoso não foram divulgados.

Imagens mostram parte do material apreendido pela PF durante a operação. Além da mala com várias notas de R$ 100, os agentes encontraram armas e pen drives. 

Segundo informações apuradas

, a apuração da PF identificou que os policiais penais investigados recebiam propina de detentos. Entre os presentes que os presos davam aos agentes, estavam joias, celulares e até refeições, conforme a investigação.

Em troca, de acordo com a PF, os detentos recebiam alguns privilégios, como permissão para a realização de festas com churrasco, bebida alcóolica e música ao vivo dentro do presídio. Além disso, de acordo com o inquérito, a presença de garotas de programa era frequente na unidade.

Também havia facilitação para a entrada de visitantes em qualquer horário e acesso indevido ao sistema interno do presídio, o que permitia aos detentos influenciar na transferência de outros presos entre as unidades do sistema prisional do estado.

Os mandados da Operação La Catedral foram cumpridos no Recife e nas cidades de Paulista, Goiana, Carpina, Abreu e Lima e Itapissuma, localizadas em Pernambuco, e em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. 

Além das regalias, foram constatados outros crimes dentro da unidade prisional, como o uso de drogas e até a produção de pasta base de cocaína dentro do Espaço Cultural do presídio.

De acordo com a Polícia Federal, o grupo é investigado por praticar os seguintes crimes: tráfico de drogas;  lavagem de dinheiro,  corrupção,  prevaricação (quando um servidor público pratica um delito ou deixa de cumprir suas funções legais),  promoção ou facilitação de ingresso de aparelho telefônico em presídio e participação em organização criminosa.

A corporação informou, ainda, que as investigações começaram depois que a polícia identificou um detento que comandava diversos crimes dentro da cadeia com o apoio de servidores do sistema prisional.

Fonte:g1

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