A Câmara de Vereadores de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, aprovou por unanimidade, na noite da última terça-feira (17), o projeto de lei que proíbe a fabricação, comercialização e distribuição de "armas de gel" no município. A proposta, de autoria do poder executivo, segue agora para sanção do prefeito Rodrigo Pinheiro.
O projeto estabelece a proibição da fabricação, venda, transporte e distribuição de dispositivos que imitem armas de fogo, incluindo aqueles que disparam bolinhas de gel, luz, laser, emitem sons ou projetam substâncias associadas a armamentos.
A medida tem como objetivo reforçar a segurança pública, proteger a integridade física e emocional dos cidadãos, e conscientizar sobre os riscos que esses simulacros representam, especialmente para crianças e jovens.
A discussão do tema ganhou força em Caruaru após o aumento do uso desses equipamentos nas periferias. O município se torna o primeiro do Agreste pernambucano a adotar tal proibição, seguindo o exemplo de cidades como Olinda e Paulista, na Região Metropolitana do Recife.
De acordo com a Fundação Altino Ventura (FAV), referência em oftalmologia em Pernambuco, entre 30 de novembro e 11 de dezembro, pelo menos 68 pessoas sofreram ferimentos nos olhos causados por disparos dessas bolinhas. No início da semana, esse número já estava em 50, demonstrando a gravidade do problema.
A proibição busca evitar que o uso indevido desses itens continue colocando vidas em risco, principalmente pelo potencial de causar ferimentos graves na visão. A expectativa é de que a nova legislação contribua para um ambiente mais seguro em Caruaru.
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